O riso postado no rosto suado
Corta cotidiano o silêncio lúgubre
Da atmosfera de sonhos encerrados
Nas risonhas catacumbas insalubres
A máquina ginga com a morte dia a dia
Triste, alegre e forte, esta quimera
Perdida da Nau do Descobrimento, harpia
Que na infinita caça de si mesma se esmera
Sabendo ser pouco o tempo que lhe resta
Entre celebrar a vida e a Última Festa
Explode feito cometa fora de órbita
Lá, onde o Infinito acolhe a Incógnita
E no batuque timbrado de relevos ancestrais
Inscreve na fronteira entre Cultura e Barbárie,
Sob o signo do Naufrágio de tudo que as separe,
A fundação do Amanhã dos escombros do cais
Eduardo Maskell
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